
Os bovídeos constituem uma família de mamíferos ruminantes, cuja principais características são os cascos fendidos e chifres não galhados, à qual pertencem os animais domésticos como bois, ovelhas e cabras e os animais selvagens, como os bisões e os antílopes.
O adjetivo bovídeo refere-se a esta família e não é sinônimo de bovino. Um bovídeo pode ser um bovino, no caso do boi (gênero bos) e do búfalo (gênero bison) apesar de serem de gêneros diferentes, ou não ser um bovino no caso da ovelha (gênero ovis) ou cabra (gênero capra).
Os bovinos se dividem em tres grandes grupos: os taurinos (Bos taurus), os zebuínos (Bos indicus) e o bisões (bison), cada um com características próprias que influenciam diretamente na sua adaptação, produtividade e manejo. Essas diferenças surgiram ao longo de milhares de anos de evolução.
Atualmente há muitas logomarcas de animais em rótulos de garrafas ou latas de cerveja, usando muita criatividade e belos desenhos, mas a verdadeira obra de arte são as logomarcas antigas.
A relação entre os bovinos e a cerveja é uma forma de ação climática em que todos saem ganhando: nós bebemos a cerveja e os bovinos comem os resíduos da produção de cerveja, apesar de que os bovinos impactam o clima através das emissões de gases de efeito estufa, como o metano, liberado na digestão, e o óxido nitroso, proveniente dos excrementos. mas mitigamos as alterações climáticas com a modernização do sistema produtivo, com a reforma de pastagens degradadas e a integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), compensando as emissões dos bovinos, mas vamos falar sobre a relação entre eles de outra forma, as logomarcas de bovinos na cerveja.
Muitos autores afirmam ser o ano de 1899 como a data de criação da cerveja Caracu, junto com a criação da Fábrica de cerveja e Gelo do Major carlos Pinho, em Rio Claro - SP.
Esta é uma afirmação pouco provável pois tanto na relação dos produtos dessa cervejaria quanto na dos seus sucessores até 1920 não há nenhuma referência à essa marca de cerveja. Em 1921, Quando já pertencia a Oscar Baptista da Costa é que aparece pela primeira vez a cerveja Caracu no registro da Junta comercial do Estado de São Paulo, JUCESP. A partir daí passa a aparecer nos jornais e documentos.
Mas, sendo verdadeiro ou não, há mais de 100 anos vemos na mídia, a imagem de um animal reconhecido pela força e vitalidade, um touro da raça Caracu, raça desenvolvida no Brasil, de animais trazidos de Cabo Verde em 1534, por Martim Afonso de Souza. Para ilustrar este texto colocamos, abaixo, alguns rótulos da cerveja Caracu.


Em 10 de julho de 1917, foi publicado no Diário oficial de São Paulo o registro da cerveja Zebu pela Companhia Cervejaria paulista de Ribeirão Preto.

Em 2011 a Cervejaria Guitt’s lança a cerveja Zebu Stout, afirmando virilidade, força e autenticidade definem a origem da marca.

Por volta de 1922, a Cervejaria gazapina, de Santana do livramento, produz as cervejas escuras Touro e Vacca, assim mesmo com duas letras “C”.

Temos também exemplo de bisão americano, como no caso da cerveja Cumbica da cervejaria Pressanto

Com o boom das cervejas artesanais sendo produzidas, em larga escala, em latas e garrafas começaram a aparecer marcas com animais estilizados ou somente com texto sem imagem, como por exemplo a cerveja caseira Natural Zebu que no proprio rótulo diz que destina-se ao consumo do produtor e de seus familiares.

Ou como as cervejas Touro Sentado que faz referência a um chefe índio americano, da Cervejaria Dogma:

E para fechar este texto que não exaure a quantidade de bovinos na cerveja, a manada é grande, mostramos uma vaca verde da Cervejaria Seasons e uma silhueta da Cervejaria Stier.

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