
Este espaço foi criado para que o meu amigo José Carlos Gonçalves (Barba) possa colocar o resultado de suas pesquisas sobre Cervejarias, Marcas de cerveja e principalmente tampinhas que é um ítem colecionado por êle.
O Barba é um aposentado que trabalhou durante vários anos no reino da comunicação como sonoplasta, atualmente é um colecionador e profundo conhecedor de marcas de cigarro, cédulas e moedas, bebidas e suas tampinhas.
Cavas ou Cápsulas?
Os colecionadores brasileiros tendem a chamar errôneamente de cava a tampa metálica usada sobre a rolha nos champanhes e espumantes, na realidade Cava é o vinho espumante originário da Catalunha, ao leste da Península Ibérica, esse vinho espumante remonta ao século XIX, quando, em 1872, foram feitas as primeiras garrafas em uma pequena cidade da província de Barcelona. Inicialmente chamada de champán ou xampany, a intenção era imitar os vinhos feitos em Champagne, na França.
Mas, com o passar dos anos, os espanhóis perceberam que seu produto tinha qualidade elevada, porém, características diferentes da bebida francesa, e encontraram na palavra cava — que significa adega ou cave — a sua melhor definição.
No entanto, a Denominação de Origem só foi instituída em 1972, quando passou a ser necessário seguir algumas normas para imprimir essa denominação nos rótulos. De acordo com a atual legislação, as zonas geográficas autorizadas englobam 106 cidades (das quais se destaca Penedés) espalhadas em sete comunidades autônomas: Catalunha, Navarra, Aragão, Rioja, Extremadura, Valência e Álava.
Antigamente ao produzir champanhes e espumantes, a pressão do vinho era mantida graças a rolhas seladas com pano impregnado de óleo e cera. Este método, porém, não era sobremaneira confiável, porquanto não era incomum as garrafas perderem a rolha, expulsa pela pressão contida na garrafa. Subsequentemente, começou-se a usar cordel enrolado até à marisa (marisa é a parte da garrafa que se dilata junto do gargalo, onde começa a desenhar-se o ombro, ou seja, é o anel do gargalo), para fixar a rolha. Só mais tarde, em 1844 é que Adolphe Jaquesson, que foi um grande estudioso de champanhe e sua indústria, inventou o método da gaiola de arame e a tampa metálica, se bem que, os primeiros protótipos ainda eram difíceis de armar e desarmar nas garrafas.
A gaiola ou açaime (por vezes ainda denominada pelo galicismo muselet é um mecanismo de retenção de rolha, usados nas garrafas de espumantes, especialmente de champanhe mantendo a rolha firme e segura, suportando toda a pressão da bebida.
Definição de muselet (Francês: [myz. le]) é uma gaiola de arame que se encaixa sobre a rolha de uma garrafa de champanhe, vinho espumante ou cerveja para evitar que a rolha emerja sob a pressão do conteúdo carbonatado. Seu nome deriva do francês museler, para amordaçar.
Graças aos desenvolvimentos técnicos posteriores, conseguiu-se chegar até ao formato moderno de gaiola de champanhe, composto por 4 arames torcidos, a fim de conferir maior resistência, e dotado de uma aleta ou anilha de arame, para ajudar a desmanchar a gaiola e, por conseguinte, a libertar a rolha.
As cápsulas também chamadas de placas, chapas, tampas de champanhe e/ou de espumante e ainda chapéu de gaiola. são pequenas peças metálicas colocadas sobre a rolha e segura pelos arames da gaiola. A finalidade real dessas pequenas “tampas de metal” (cápsulas, placas e etc) é evitar que o fio corte a cortiça evitando que a garrafa seja danificada. No entanto, essas cápsulas de champanhe também são ideais para exibir os logotipos, gráficos, brasões e letras de várias adegas. Às vezes há até cápsulas com a imagem do próprio vinicultor. A beleza e a enorme variedade dessas cápsulas há muito tempo inspiram muitos colecionadores. Para alguns colecionadores, isso agora é considerado um hobby muito sério. Algumas cápsulas de champanhe são consideradas muito raras e valiosas. Os amantes desse assunto são conhecidos como Placomusophilistes (Placomusofilistas). A ciência em si é chamada de Placomusofilia.
Ao contrário dos selos, por exemplo, pequenas coleções dessas cápsulas de champanhe também podem ser lindamente emolduradas e exibidas em casa. Ao longo dos anos, a cápsula de champanhe não apenas cumpriu uma função prática, mas também assumiu uma dimensão estética. Os diferentes designs e acabamentos das cápsulas muitas vezes refletem o histórico e a tradição das respectivas adegas de champanhe. Alguns colecionadores se especializam em determinadas marcas ou épocas, o que aumenta ainda mais o valor do colecionador e a diversidade da coleção.

A cápsula de champanhe também adquiriu um significado cultural. Em algumas regiões da França, há museus e exposições dedicados exclusivamente a esse assunto. Nesses locais, os visitantes podem acompanhar o desenvolvimento das cápsulas desde os primórdios até os designs modernos e admirar exemplares raros. A produção da cápsula de champanhe é um processo preciso. Cada cápsula deve se encaixar perfeitamente para segurar a rolha com segurança e, ao mesmo tempo, apresentar a marca registrada da adega. As tampas de metal geralmente são artisticamente projetadas e impressas com grande precisão, transformando-as em pequenas obras de arte.
Em resumo, a cápsula de champanhe é muito mais do que apenas um elemento funcional. É um item de colecionador, uma obra de arte e uma peça de história cultural. Sua importância e valor são altamente apreciados pelos muitos entusiastas do mundo todo que se dedicam à Placomusofilia. A cápsula de champanhe e, portanto, um exemplo fascinante de como um pequeno detalhe pode despertar uma grande paixão.
No Brasil, acredito eu, que pelo alto valor da bebida e a dificuldade de serem conseguidas as cápsulas de champanhe será muito difícil encontrar colecionadoreas especializados em determinadas épocas ou determinadas adegas, inclusive não tenho conhecimento de colecionadores fazendo diferença entre cápsulas de champanhe das cápsulas de vinhos espumantes.
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